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segunda-feira, 29 de junho de 2009

DIABETES INSIPIDA

Diabetes insípida A diabetes insípida é uma perturbação em que os valores insuficientes de hormona antidiurética causam uma sede excessiva (polidipsia) e uma produção exagerada de urina muito diluída (poliúria). A diabetes insípida é o resultado de um défice da hormona antidiurética (vasopressina), que está encarregada de limitar a produção excessiva de urina. O singular desta hormona é que o hipotálamo produ-la e depois é armazenada até ser libertada na circulação sanguínea pela hipófise posterior. A perturbação também pode aparecer quando uma concentração de hormona antidiurética normal está combinada com uma resposta anormal dos rins à hormona, uma afecção denominada diabetes insípida nefrogénica. (Ver secção 11, capítulo 126) Causas A diabetes insípida pode ser consequência de um mau funcionamento do hipotálamo que dá como resultado uma escassa produção de hormona antidiurética. Outras possibilidades são: a incapacidade de a hipófise libertar a hormona na circulação sanguínea, lesões produzidas durante uma intervenção cirúrgica do hipotálamo ou da hipófise, uma lesão cerebral (particularmente uma fractura da base do crânio), um tumor, a sarcoidose ou a tuberculose, um aneurisma ou uma obstrução das artérias que vão para o cérebro, certas formas de encefalite ou meningite e uma doença rara denominada histiocitose X (doença de Hand-Schüller-Christian). Em alguns casos excepcionais, um doente tem sintomas psicológicos de sede exagerada, pelo que consome um grande volume de líquidos e apresenta uma emissão excessiva de urina. Estes sintomas assemelham-se aos da diabetes insípida, com a excepção de que o indivíduo, em geral, não acorda à noite para urinar. À medida que o tempo passa, o consumo exagerado de líquidos diminui a sensibilidade à hormona antidiurética. Sintomas A diabetes insípida pode começar de forma gradual ou brusca a qualquer idade. Habitualmente, os únicos sintomas são a sede exagerada e a excessiva produção de urina. Um doente pode beber enormes quantidades de líquido (de 4 l a 40 l por dia) para compensar as perdas que se verificam pela urina. Quando esta compensação não é possível, pode verificar-se rapidamente a desidratação e, por conseguinte, a diminuição da pressão arterial e o choque. A pessoa afectada continua a urinar grandes quantidades e com frequência durante a noite. Diagnóstico Os médicos suspeitam da existência de diabetes insípida nos doentes que eliminam grandes quantidades de urina. Em primeiro lugar, controlam a quantidade de açúcar na urina para afastar que se trate de um caso de diabetes mellitus. Uma análise ao sangue mostrará concentrações anómalas de muitos electrólitos. A prova de restrição de água é a mais simples e a mais fiável para determinar a existência de diabetes insípida. Dado que não é permitido ao doente beber líquidos durante a prova e que poderá produzir-se uma desidratação grave, a prova deve efectuar-se sob vigilância médica. A produção de urina, as concentrações electrolíticas (sódio) no sangue e o peso são medidos regularmente durante várias horas. Logo que a pressão arterial se reduza, ou a frequência cardíaca aumente, ou se perca mais de 5 % do peso corporal, interrompe-se a prova e dá-se uma injecção de hormona antidiurética. O diagnóstico de diabetes insípida é confirmado se, em resposta à hormona antidiurética, a micção se detiver, a pressão arterial aumentar e o coração bater de forma mais normal. Tratamento Sempre que for possível, deve ser tratada a causa subjacente da diabetes insípida. Administrar-se-á vasopressina ou acetato de desmopressina, formas modificadas da hormona antidiurética, com um vaporizador nasal várias vezes por dia, para manter uma produção normal de urina. Contudo, a administração excessiva destes medicamentos provoca retenção de líquidos, edemas e outras perturbações. Os doentes com diabetes insípida que sejam submetidos a uma intervenção cirúrgica ou que estejam inconscientes são geralmente injectados com hormona antidiurética. Por vezes, a diabetes insípida pode ser controlada com medicamentos que estimulem a produção de hormona antidiurética, tais como a clorpropamida, a carbamazepina, o clofibrato e vários diuréticos (tiazidas). Estes medicamentos não são adequados para aliviar completamente os sintomas em pacientes com diabetes insípida grave.

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